Sensação de tempo estéril
Tempo onde não se germinam mais passados
Horas de não conto e poesias
A pensar sobre o de novo – o que revejo na vista de um vale?
Sombras malfeitas ainda me ocupam
Mas a escolha insensata ainda me perturba
Não me poupam o pouco tempo, é claro
Como lembranças-toneladas seriam delicadas?
Ainda a esta altura. Com tudo mexendo a veras.
Continuo remexendo impossibilidades vívidas
Mas por vezes, de certeza, insiro-lhes a eutanásia
Nada tão voluntário. Amo ainda mais que um parto.
Ganho as perdas e não perco sonos... peço os sonhos e continuo
Andando a pequenos saltos de dançarina tímida
Estranhos adjetivos aos ouvidos de hábito
Me coíbo a infelicidade e certas pílulas ainda me servem.
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