quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

ARMADURA

Almas desconhecidas andam de mãos dadas
e de canto de olho se desconfiam...

Como escutarão os pensamentos íntimos
se ainda não se olharam?

Como reconhecerão as sutilezas do amor nas desrotinas do viver?

Como sentirão seguros seus corpos unidos por palavras frágeis
se ainda não se olharam às pálpebras?
se ainda não papilaram-se as pupilas?

Como sanarão a dúvida de um recém-encontro
que - mal nascido - já se vê roído?

Compartilhamento de espaços únicos
Amores desalmados condenados à busca...
...irão de que cor?

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